domingo, 31 de maio de 2015

31/05/2015 O RESTAURANTE "CASA DE TEREZA" EM SALVADOR PODE SER UM ENGODO??

Meus amigos e leitores, hoje aproveito o espaço da crônica dominical para fazer um comunicado. Para alertá-los quanto ao perigo de sermos desinformados, termos boa fé e confiarmos na palavra de desconhecidos com a maior credulidade. E para adverti-los: na minha modesta opinião e com base na minha experiência, sejam cuidadosos ao pisar os pés no restaurante "CASA  DE  TEREZA" que fica na Rua Odilon Santos, número 45, no bairro do Rio Vermelho em Salvador. O nome oficial do restaurante é "TEREZA  PAIM  GASTRONOMIA  LTDA" e o CNPJ é 11.255.233/0001-51 . Peguei esses dados na nota de venda que felizmente mantive em meu poder.

Passo a relatar em seguida o que me aconteceu indo até lá. Como já transcorreram alguns dias da experiência vivida, pode ser que o meu relato seja impreciso, omitindo alguns detalhes ou mesmo carregando nas tintas em outros. A nossa memória é falível, ainda mais sob o impacto de desgaste emocional. Mas tentarei ser o mais fiel possível aos fatos como ocorreram.

No dia 16/05 passado fui a esse restaurante a convite de Rafael, pessoa que considero como filho. Achei um pouco caro, mas a comida era aceitável. Quando pedimos a conta e a moça de nome Judith trouxe a máquina para passarmos nossos cartões, eu jamais poderia imaginar que passaria a viver um pesadelo kafkeano por ingenuidade e falta de informação. Rafael pediu à Sra. Judith para passar o seu cartão no débito. Ela manipulou o cartão na máquina enquanto Rafa e eu conversávamos distraídos, sem olhar o que ela fazia, e a senhora nos disse então que o cartão de Rafa não foi autorizado para débito. Rafa ficou surpreso e se perguntou o que haveria acontecido com seu cartão. Para encurtar a conversa (Rafa estava muito cansado e precisava dormir) me ofereci para pagar a conta com meu cartão e fui muito clara ao dizer à Sra. Judith que era no débito. Fui muitíssimo clara. 

Eu e Rafa continuamos conversando sem observar o uso que ela fazia da máquina, mas quando ela me deu o recibo azul saído da máquina, felizmente eu tive o cuidado de olhar. Nossa conta havia sido registrada na máquina como crédito. Então eu gentilmente reclamei porque fazia questão que fosse débito. Ela então disse gentilmente que ia fazer o estorno e corrigir o seu equívoco. "Não conseguiu" estornar. Alegou que era porque a empresa CIELO não opera com estorno em fins de semana. Eu pedi que ela resolvesse o problema porque fazia questão de pagar a conta no débito. Ela insistiu em dizer que não conseguia estornar. Então já um tanto chateada com a situação, eu disse que um acontecimento como aquele merecia ser publicado na internet porque semelhante equívoco não se justificava num restaurante do preço e da qualidade do "CASA  DE  TEREZA".

Então a Sra. Judith nos disse que ia com certeza fazer o estorno na segunda-feira seguinte (estávamos num sábado) e que para se desculpar do transtorno, nós não pagaríamos nada pelo almoço. Ficaríamos como convidados. Tomou meu nome completo e meus telefones para ligar na segunda-feira pela manhã e me dar o número do protocolo do estorno. Me deu o telefone 33293016 caso eu quisesse fazer contato. Eu felizmente guardei a nota da nossa conta no restaurante e o recibo azul da CIELO constando a cobrança em crédito. Eu e Rafa saímos do restaurante satisfeitos com a solução encontrada pela Sra. Judith. Ela nos tratou com gentileza e parecia ter resolvido nosso problema com elegância. Não sabíamos que o pesadelo Kafkeano estava sendo iniciado e que como dois bobos crédulos, talvez tivéssemos sido enganados. Chegando em casa Rafa fez a transferência de uma quantia de sua conta para a minha com a maior facilidade. Então por que será que no restaurante o seu cartão foi não autorizado para débito? Inabilidade da Sra. Judith para operar a máquina de cartão?

Embora crédula, eu observei que a Sra. Judith não me telefonou coisa nenhuma na segunda-feira de manhã para dar o número do protocolo do estorno. Então liguei para ela que me pediu um prazo até 15:00 h para me dar o número do protocolo. Chegaram as 15:00 h e a Sra. Judith não ligou. Então já meio aborrecida,  eu liguei para ela que num tom que me pareceu um tanto dissimulado, me deu o número de telefone da CIELO  (40025472) e número de protocolo 5931412 me assegurando que o estorno havia sido feito.

Então, mal impressionada com o tom da voz da Sra. Judith que me pareceu dissimulado, eu liguei para o número de telefone da CIELO dado por ela para checar o número de protocolo e se o estorno havia sido feito. O número supostamente da CIELO pedia o número do CNPJ do estabelecimento. Como eu não sabia que o número do CNPJ consta da nota de venda que estava em meu poder, fiquei sem ter como me comunicar com aquele número de telefone e sem poder checar o número de protocolo e se o estorno havia sido feito. Mas comecei a suspeitar levemente que havia algo errado na minha comunicação com aquela senhora e telefonei para o banco para checar o meu cartão. Fui informada pelo banco que aquela conta constava como crédito na minha fatura e que nenhum estorno havia sido realizado.

Ingênua, desavisada, e ainda dando um crédito de confiança ao estabelecimento, voltei a telefonar para a Sra. Judith comunicando o que eu constatei junto ao banco. Ela então me informou que o estorno havia sido feito pelo Sr. Wellington, responsável pelo setor financeiro, e que eu deveria passar a me entender com ele. Se não me engano, àquela altura já estávamos numa quinta-feira. Sou crédula, ingênua e desinformada, mas não tolero ser enganada. Liguei para o Sr. Wellington e ele me disse que o banco não tinha ainda registro do estorno porque são necessários 5 dias úteis. Se estávamos na quinta-feira, no dia seguinte se completaria o prazo de 5 dias úteis. Mas o Sr. Wellington me disse que me telefonaria somente na segunda-feira, dia 25/05 apenas para me certificar que estava tudo resolvido. Então, muito aborrecida, o adverti que se eu não tivesse notícia do estorno até o dia 25, acionaria judicialmente o restaurante "CASA  DE  TEREZA" e divulgaria o acontecido na internet.

Na segunda-feira, dia 25/05, ligo novamente para o setor de cartões do banco e me informam que a conta do restaurante consta na minha fatura como crédito e que dela nenhum estorno havia sido feito. Então, para lá de aborrecida, ligo para o Sr. Wellington e digo que vou passar no restaurante para falar com os proprietários acompanhada do meu advogado. Imediatamente em seguida a Sra. Judith me liga dizendo que está na linha com a empresa CIELO e que precisa que eu forneça a ela o número de protocolo que havia me dado. Ansiosa por ver o problema resolvido e preocupada com indo ao restaurante com o advogado prejudicá-la e ao Sr. Wellington como funcionários, forneço a ela o número do protocolo, mas, confesso, muito desconfiada.

 No mesmo dia no começo da tarde, ela me liga dizendo que por "um erro da CIELO" o estorno realmente não havia sido feito. Então me pede um endereço para o Sr. Wellington ir pessoalmente com a máquina da CIELO realizar finalmente o estorno. Boba, ingênua, e já fazendo jeito de quem gosta de apanhar, ao invés de sustentar que iria ao restaurante acompanhada de meu advogado, dei o endereço da lanchonete do prédio onde trabalho para o Sr. Wellington ir com a máquina realizar o estorno. Onde estava eu com a cabeça para dar o endereço do meu trabalho para pessoas desconhecidas e que se comportavam comigo de modo confuso?

Tão aflita eu estava para resolver o problema e me livrar daquela situação Kafkeana, que nem verifiquei se a máquina que o Sr. Wellington trazia era mesmo da CIELO e ainda dei meu cartão a ele para manipular na máquina. Ele sentou-se numa posição que não me permitia ver o que fazia com a máquina e com meu cartão. Alguns minutos depois, me devolveu meu cartão dizendo que não pode realizar o estorno porque a máquina estava dando "não autorizado". Então, estando ele ainda no prédio do meu trabalho, me perguntou se eu não queria receber o valor em dinheiro. Muitíssimo aborrecida e já considerando que obter o estorno do pagamento em crédito já se tornara uma questão de honra para mim, respondi que eu levaria o assunto ao meu advogado.

No mesmo dia, no fim da tarde, o Sr. Wellington fala ao telefone comigo e diz que conseguiu conversar com uma supervisora da CIELO e que conseguiu finalmente realizar o estorno. Marco para na mesma hora ele aparecer na lanchonete do prédio do meu trabalho com um comprovante do estorno para me entregar. Convido uma pessoa conhecida que estava na lanchonete para servir de testemunha. Na presença da testemunha, o Sr. Wellington me entrega um recibo de cancelamento de compra (estorno) feito em 25/05/2015. No recibo constavam o logotipo da CIELO, dados do meu cartão, número de protocolo e o prazo de 3 dias úteis para informação ao banco do cancelamento.

Na quinta-feira pela manhã, dia 28/05/2015, transcorridos os 3 dias úteis, ligo novamente para o banco e constato que finalmente o estorno havia sido realizado. Ufa!! Que alívio!!  Equívoco da CIELO? "Inexperiência" dos funcionários de TEREZA PAIM GASTRONOMIA LTDA para realizar o estorno de uma venda, operação de rotina em qualquer estabelecimento comercial? Estou eu sendo inadequada expondo o nome de dois funcionários por não possuir o nome do (a) proprietário (a)? 

 Talvez eles estivessem agindo daquele modo confuso tentando preservar seu emprego no restaurante. Deixo que cada um de vocês tire suas próprias conclusões. Afinal, não posso nem devo fazer pré julgamentos. De qualquer sorte, agradeço ao Sr. Wellington e à Sra. Judith por terem me poupado de acionar judicialmente o restaurante e de publicar o acontecido na internet. Compartilho a experiência com vocês como um desabafo e para adverti-los. Mas quem vai pagar pelo desgaste emocional que eu tive com esse processo kafkeano? Afinal transcorreram 12 dias de desgaste entre o almoço na CASA DE TEREZA e a constatação de que o estorno foi realmente realizado somente no dia 25/05/2015. E imaginem que na hora que lá entrei, gostando muito da decoração, por alguns segundos eu cheguei a cogitar de comemorar neste restaurante meu aniversário no próximo dia 19/06. Nem pensar!!!

Felizmente a gente pode sair desse mundo pequeno assistindo e se comovendo muito com o filme "SAL DA TERRA" sobre a vida e a obra do fotógrafo Sebastião Salgado e comendo um delicioso crepe na casa de uma amiga que nos recebe com carinho e doçura. Foi o que fiz ontem. 
                                                                                         Marcia Gomes.

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