sábado, 28 de setembro de 2013


"BLÁ-BLÁ-BLAZISTA" , PRA  COMEÇAR,

 
O primeiro nome que me vem é Carlos Machado. Jornalista e poeta. Na minha opinião poeta da envergadura de um Carlos Drummond de Andrade, meu poeta brasileiro predileto desde os meus doze anos de idade, quando minha mãe, que para nos criar vendia literatura de porta em porta, me presenteou com as obras completas.
 
Pois é. Carlos Machado.Poeta da envergadura de um Carlos Drummond de Andrade. Há um bom tempo eu recebo o poesia.net. Boletim da generosa iniciativa de Carlos Machado, escrito e ilustrado com correção e bom gosto, veiculando o nome e a obra de excelentes poetas, de diferentes estilos, épocas e nacionalidades. O que há de comum entre eles, o rigor estético, o trabalho sério. Tanto quanto um analista por sua função, ser causado pela poesia.
 
Sempre que o poesia.net  me chegava eu lia com encantamento. Todos vocês sabem que adoro poesia. Minha grande paixão é a psicanálise, mas tenho a humildade de admitir que ocupo o lugar de analista por não ter talento para ser poeta.Eu lia o poesia.net com entusiasmo e deixava passar.Nesse meio tempo até fiquei sabendo que Carlos Machado é amigo de duas amigas minhas que também escrevem bonito. Também deixei passar.As coisas do inconsciente a gente vai saber só depois. Nos ensina Freud.
 
Nesses últimos tempos, talvez de agosto de 2013 para cá, que venho me sentindo muito causada pela escrita, estando enviando o meu "Blá, blá, blá domingueiro....." com regularidade para um número de leitores que vai crescendo, nesses tempos em que tomada pela curiosidade pela escrita literária, organizei um evento com a escritora-poeta Martha Galrão, para falar muito à vontade sobre a experiência de escrever e sua relação com a subjetividade, me chega, na minha caixa de e-mail o boletim poesia.net .
 
Leio com entusiasmo e não deixo passar.Fico intrigada: "que desejo, desse poeta! que interessante a iniciativa de Carlos Machado! como ele é causado pela poesia! e que generosidade! vou escrever para elogiar".
 
Escrevi a Carlos Machado elogiando a iniciativa de redigir e veicular o boletim poesia.net. Não é que ele respondeu? Respondeu gratíssimo pelo meu incentivo.Aí eu respondi agradecendo o agradecimento e contando que eu gosto de escrever. Ele, simples e generoso, me escreveu de novo pedindo que eu enviasse meus escritos.
 
Aí chegou a hora de eu dizer que embora goste muito de escrever, o faço somente para partilhar a minha subjetividade com pessoas que gostam dessa troca.Disse que não sou escritora, não tenho esse talento e que a homenagem que posso prestar à poesia é divulgar o poesia.net para minha lista de contatos por e-mail, o que passei a fazer com regularidade.
 
Daí a como foi que alguns textos do meu "Blá, blá, blá domingueiro..." foram cair nas mãos de Carlos Machado, eu não sei mais contar, não me lembro.Vocês pensam que por não ser eu uma escritora, ele mandou eu jogar os meus escritos fora? Nada disso! Pelo contrário: disse que depois de passar por uma revisão de português eu poderia selecionar alguns para publicar e/ou fazer um blog.
 
Carlos Machado, este baiano de Muritiba, que lia Freud aos 16 anos e atualmente mora em São Paulo, poeta da envergadura de um Carlos Drummond de Andrade é um homem para além de generoso. Todo fim de semana ele lê meu "Blá, blá, blá..." e agradece pela partilha. Às vezes corrige coisas dos meus escritos com a maior gentileza. Ele sabe que não sou escritora, mas sintoniza com a minha sensibilidade.
 
No dia 11 de setembro de 2013, exatamente na mesma data, 7 anos depois de ter sido lançado em São Paulo, me chega de presente pelos correios "PÁSSARO  DE  VIDRO". Livro de poemas de Carlos Machado publicado em São Paulo pela Editora Hedra, em 2006.Ao recebê-lo, escrevo no meu caderno: "trinado mudo, em estilhaços, PÁSSARO  DE  VIDRO pousou.A beleza dói, fere. Minha mão sangra. Preciso fazer silêncio; nunca mais serei a mesma."
 
Escrevo num e-mail a Carlos Machado: "O  PÁSSARO  DE  VIDRO tem me feito a companhia que só a palavra exata, imprescindível, irrepreensível, pode fazer. Fruta nem um minuto além de "madurez" da hora de ser colhida".
 
Ele me responde me chamando de "Blá-blá-blazista" , o nome que estou dando a este blog:sonoro, apropriado, merecido.
 
Quero agradecer a Ana Cecília Bastos, minha amiga e poeta do maior valor, que sempre me incentivou a fazer um blog com meus escritos.
 
Gratidão imensa a Taya Soledade, psicanalista, minha amiga e colega, madrinha desse blog.Não só me incentivou a fazê-lo, como viabilizou a sua realização me dando, através de Adriana Monteiro, acesso a Laila Fagundes. Uma jovem de 23 anos, amor de pessoa, cobra em digitação e assuntos de computador.Sem a assessoria de Laila, não serei capaz de atualizar e movimentar o blog. Todos sabem do meu baixíssimo QI em assuntos de computador.
 
Apesar do QI, aqui estou eu no blog veiculando para quem quiser, o meu "Blá, blá, blá domingueiro....." Os textos estão em ordem cronológica e infelizmente ainda não passaram por uma revisão de português. Virá em breve.
 
A presença cálida, sábia, risonha e amorosa de D. Ruth nos meus escritos, assim como na minha vida é inapagável.

                                                                              


Foto: Marcia Curiosa e Concentrada. Prenúncio do Futuro?
Autor: Joaquim Leal Gomes (in memoriam)


      Um beijo a todos,

                                                                                      Marcia Gomes. (setembro de 2013)

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