sábado, 28 de setembro de 2013

Texto de 09/06/2013

“Blá, blá ,blá domingueiro...” e... Você quer ir a meu aniversário? Está convidado(a)!!

Quem e porque  está sendo convidado: Não é por uma razão fútil. É porque você pertence a uma das três gerações de pessoas que me querem muito bem e que são muito, mas muito especiais mesmo, para mim.

O modo de querer bem varia, conforme a subjetividade de cada um. O tempo do querer bem também varia:há pessoas que conheço há quarenta anos. Outras, não faz três anos que entrei em contato. Das mais antigas, aquelas que me acolheram nas suas casas, nos seios de suas famílias, em um Natal que poderia ter sido muito solitário. Por exemplo, o Professor e Dona Ruth e as acolhidas em Itacimirim.

Das mais jovens, Marcelinho.Nos tratamos de "brother" e "sister" e fui eu quem limpou seu primeiro cocô na maternidade.Tem também aquela que mais ou menos aos dois anos quando seus pais mudaram para Brasília, quando ia a algum lugar na cidade nova, numa graciosa angústia de reconhecimento perguntava: "Cadê a Basília?". Tem você que mora em Novos Alagados e uma vez me deixou de olhos alagados. Tem o filho que puxou à mãe no jeito quietinho e na escandalosa sensibilidade poética: faz fotos e como meu pai, dá nomes lindos a seu próprio olhar. Vitinho, o fotógrafo, já é pai de Mariana. Marcelinho é um craque no basquete e como persevera em exercer seu desejo!
 
Dos meus contemporâneos, só dá para falar por alto. São milhares. Há aquelas ou aqueles cuja afinidade se estabelece por serem parecidas (os) comigo.Outros, são tão diferentes! Nem gostam de arte e literatura...sequer de psicanálise....Mas quanto afeto por mim, cuidado, generosidade! Se você está recebendo este e-mail é porque está sendo convidada mesmo! Ou convidado!
 
Quanto às parecidas comigo, gostaria muito que aparecessem. Várias delas, não sei a que classe social pertencem, não  conheço seu estado civil, não sei onde moram, nada dessas bobagens. Sei sim que são sensíveis.Que sintonizam com a dor do outro e/ou se encantam com e/ou tecem um novelo de significantes elegantes.Essas pessoas em geral não esquecem de dar retorno ao que escrevo no meu "Blá, blá, blá....". O bonito é que não é por se encantarem com a perfeição do que escrevo. Sei que às vezes consigo escrever direitinho, mas não sou uma escritora. Essas pessoas se deixam tocar pelo que consigo deixar entrever de mim no meu texto. Elas são particularmente especiais para mim. 
 
Tem também tia Diná e os primos e primas. Sobrinhos queridíssimos por meu pai, cada um com seu apelido. Particularmente meu primo do Rio. Carlos Geraldo, vou fazer de conta que você estará aqui e lhe darei um abraço bem apertado.
 
Estou convidando Maninha. A doce odontóloga que compreendendo meus bolsos furados, arranjou para mim um atendimento na ABO. Valeu, Maninha! Estou convidando Newton. Ele me leva para lá e para cá, nunca esquecendo de perguntar por minhas dores, num Português correto e com o cavalheirismo talvez aprendidos com seu pai.
 
Finalmente estou convidando Nice, minha auxiliar doméstica, diarista, que me faz companhia e me põe a par do noticiário cheio de sangue, assassinato e polícia.Ai meu Deus! Ela me explicou: "é melhor ouvir no rádio do que viver dentro de casa."Nice, você é uma figura.De fala alta e de modos estabanados é capaz de um afeto sem medidas.No dia em que me acompanhou ao Hospital Aliança chorou copiosamente porque eu sentia muita dor.
 
Há uma pessoa muito, muito especial, que com certeza não esquecerá do meu aniversário e não poderá comparecer, por razões de dor na alma.Prometi a ela que vou ficar feliz por saber que lembrará de mim.
 
Não posso deixar de registrar minha grande tristeza pela ausência de Rafael, meu filho adotivo colombiano que mora em São Paulo. Por razões que escapam a seu controle e também o deixam triste, Rafa não poderá comparecer. Meu filho, até breve! Força!
 
Para o que exatamente você está sendo convidado (a): Não é uma festa. Está longe de ser. Não sou chegada a festas. Creio que tudo começou quando as minhas queridíssimas amigas irmãs Ana Cecília e Ana Helena que sabem quase tudo sobre a minha vida e conhecem por inteiro o longo "perrengue" que ainda não acabei de passar (estou bem melhor), para me fazerem um agrado, inventaram uma história de uma surpresa de aniversário da qual outras pessoas queridas podiam participar, bastando para  isso acessar o e-mail de Ana Cecília.Supus então que em algum momento eu ia querer saber que diabo de surpresa era essa e agradecer ao vivo àqueles que participaram.Surgiu a idéia do encontro.


Na verdade, a vontade era fazer algo como um almoço ou jantar na minha casa (cozinho bem) e receber as pessoas. Mas cadê grana? Sei que grana costuma ser um assunto bem constrangedor sobre o qual se evita falar. Para as pessoas que me são queridas, mesmo não sendo íntimas, eu não evito. Em razão disso, todos vocês sabem que por problemas de saúde passei alguns meses sem trabalhar ou trabalhando quase nada e ainda não retomei por inteiro meu ritmo de trabalho, supervisão e estudos.

Muito envergonhada, comecei a trabalhar a idéia de fazer algo para eu encontrar as pessoas no meu aniversário que não implicasse em gastos. Primeiro, pensei num jantar por adesão.Mas aí, que sacanagem é essa? O aniversário é meu, eu não tenho gastos e as pessoas vão gastar num jantar? De jeito nenhum. Nada de jantar.Então baixei bem as expectativas e resolvi fazer um encontro bem casual  tipo CADA UM PAGA A SUA E A AMIZADE CONTINUA, num local onde se pudesse fazer apenas um lanche e que comportasse pessoas de três gerações diferentes , fosse seguro para estacionar, pudesse ser num horário compatível para alguns colegas que vão ao seminário da LETRA FREUDIANA, e, além de doces e salgados, tivesse um choppinho. Ah, e principalmente tivesse um nome bonito.
É preciso ter DOCES  SONHOS para suportar um momento em que um poeta de 35 anos desaparece dolorosamente. Suportar a responsabilidade que é de todos nós.Portanto, nada de festa.Um modesto encontro de pessoas que me são queridas, cada uma a seu modo.
 
Você está convidado (a) independentemente de ter optado por participar da surpresa preparada por Ana Cecília e Ana Helena.Pode levar o maridinho, o maridão, a esposa, o namorado, a namorada, o companheiro, a companheira, como quiser.Se puder confirmar a presença (só se puder) seria bacana.O local infelizmente não aceita reserva e eu vou tentar chegar mais cedo para garantir os assentos.
 
Tentarei fazer com que seja um encontro gostoso, o mais informal possível, onde cada um se sinta querido e à vontade, independente de credo, orientação sexual , classe social, côr da pele e idade.Você será muito bem vindo (a)!
 
DIA: 19 de junho- quarta feira-uma semana após o dia dos namorados
HORA: a partir das 20:00h encerrando o funcionamento às 22:00h
LOCAL: DOCERIA DOCES SONHOS

 
P.S. Ana, querida, porque os "Sapatos de Orfeu" só cabem nos mansos (bem aventurados como os que choram),nos tímidos e nos poetas.Obrigadissíssima!!!!!!!!!!
 
P.S.Ana Helena, querida, obrigadão!!!!!Valeu!!!! Você é a luz do sol.
           
                                                                                            Marcia Gomes.




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